segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Os filhos precisam ouvir não


alta de autoridade que se instalou e quNa verdade limite e liberdade não são conceitos opostos. Dizer não nem sempre é negativo, pelo contrário. Eu sempre costumo usar uma frase que traduz bem isso. "Use o sim sempre que possível e o não sempre que necessário". Claro que os pais têm o livre-arbítrio ao educar. Podem decidir o que e como fazer, o que pode ou não. Mas precisa pensar que viver em sociedade, significa também considerar o outro, os direitos dos outros e não apenas os seus. Assim, se o filho quer, por exemplo, comer a caixa inteira de bombons e o pai acha que tudo bem (sem considerar obesidade e colesterol), ainda assim deve ensinar a criança, desde cedo, que há mais pessoas na casa, com as quais é preciso compartilhar. É um caso simples, onde o não se faz necessário, porque ensina a viver com menos egocentrismo, sem pensar apenas no próprio prazer.Além de saber usar o não, os pais perderam a confiança, ficam inseguros e se sentem culpados quando são mais enérgicos. A criança fica impossível e aí acabam gritando e se descontrolam, porque é muito difícil conviver com quem só faz o que quer. Recentemente, uma jovem mãe foi assistir ao filme "Sexy in the city", não recomendado para menores de 18 anos, com um bebê de colo. É claro, a criança chorou um tempão, mas ela não quis considerar o direito dos demais - nem o do próprio filho, que deveria estar no seu bercinho e não no cinema, às 10 h da noite. É um típico caso de quem cresceu sem limites e que acaba passando essa incivilidade a toda a sociedade.O GRITO...O grito assusta de fato e a criança para. Mas o ideal seria que a fala fosse suficiente para coibir atitudes inadequadas, o que demonstraria que realmente houve compreensão e não medo. Costumo dizer que o grito é a pedagogia do desespero, e creio que esse é o momento que muitos pais estão vivendo. É preciso recuperar a autoridade agindo educativamente, sem gritar nem baterA agressão física é hoje proibida por lei em mais de 24 países. No caso, quem antes batia e não pode mais, hoje grita para se fazer atender. É sintoma de descontrole, denota a fe acaba resultando em momentos de impasse. Depois de falar dezenas de vezes a mesma coisa e não serem atendidos, os pais perdem a paciência e explodem. Usam o grito como antes se usava a palmada. Em ambos os casos, confirma que o adulto não soube ser autoridade. 












  
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Um comentário:

  1. Mas a influência da sociedade em que a família está inserida dificulta muito na hora de usar o "não", pois em muitos casos se dá razão à criança. É um fato que os pais também enfrentam no dia-a-dia...SÓ JESUS NA CAUSA.

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